sábado, 31 de agosto de 2013

O ultimo olimpiano - capitulo 22





                                                    Sou despejado

Ninguém rouba o meu pégaso. Nem mesmo Rachel. Eu não sabia se estava mais zangado, surpreso ou preocupado.

– O que ela estava pensando? – Annabeth disse enquanto corríamos para o rio. Infelizmente, eu tinha uma boa ideia da resposta, e isso me apavorou.

O trânsito estava horrível. As pessoas foram para as ruas observar os danos de guerra. As sirenes da polícia soavam em todos os quarteirões. Não havia possibilidade de pegar um táxi, e os pégasos já tinham partido. Eu me conformaria com alguns Pôneis de Festa, mas eles desapareceram junto com a maior parte da root beer do centro da cidade. Então corremos, atravessando uma multidão de mortais confusos que se aglomeravam nas calçadas.

– Ela não vai conseguir atravessar as defesas – Annabeth disse. – Peleu vai comê-la.

Eu não tinha pensado nisso. A névoa não enganaria Rachel como a maioria das pessoas. Ela seria capaz de encontrar o acampamento sem problemas, mas eu tinha esperança que as fronteiras mágicas a manteria fora como um campo de força. Não me ocorreu que Peleu poderia atacá-la.

– Temos que nos apressar. – Olhei para Nico. – Não creio que você possa evocar alguns cavalos esqueletos...

Ele ofegava enquanto corria.

– Estou tão cansado... não conseguiria convocar nem um osso de cachorro.

Passamos pelo aterro com dificuldade e finalmente chegamos à costa, e dei um assovio bem alto. Eu odiava fazer isso. Mesmo com o dólar de areia que eu tinha dado para o Rio East para uma limpeza mágica, a água aqui ainda era poluída. Eu não queria deixar nenhum animal marinho doente, mesmo assim eles vieram ao meu chamado.

Três linhas apareceram na água cinzenta, e um bando de cavalos marinhos subiu à superfície. Eles relincharam infelizes, sacudindo a lama do rio de suas crinas. Eram lindas criaturas, com cauda de peixe multicolorido e a cabeça e patas de garanhão branco. O cavalo marinho na frente era muito maior do que os outros, uma carona apropriada para um passeio de ciclope.

– Arco-íris! – Eu falei. – Como vai amigo?

Ele relinchou uma queixa.

– Sim, eu sinto muito – eu disse. – Mas é uma emergência. Nós precisamos chegar ao acampamento.

Ele resfolegou.

– Tyson? – Eu disse. – Tyson está bem, eu sinto muito que ele não esteja aqui. Ele agora é um grande general do exército ciclope.

RIIINCH!

– Sim, eu tenho certeza que ele ainda vai lhe trazer maçãs. Agora, sobre a carona...

Em um momento, Annabeth, Nico e eu estávamos cruzando o Rio East mais rápido do que um Jet Ski. Muito velozes, passamos por debaixo da Ponte Throgs Neck e seguimos em direção à Long Island.



Pareceu uma eternidade até que vimos a praia do acampamento. Agradecemos os cavalos-marinhos, pulamos para terra firme só para descobrir que Argos esperava por nós. Ele estava na areia com os braços cruzados e cem olhos nos fitando seriamente.

– Ela está aqui? – Eu perguntei.

Ele acenou com a cara amarrada.

– Está tudo bem? – Annabeth disse.

Argos balançou a cabeça.

Nós o seguimos pela trilha. Foi surreal estar de volta ao acampamento, porque tudo parecia tão pacífico: sem edifícios queimando, sem campistas feridos. Os chalés brilhavam à luz do sol, e o orvalho cintilava nos campos. Mas o lugar estava praticamente vazio.

Na Casa Grande, havia algo definitivamente errado. Luzes verdes disparavam de todas as janelas, assim como eu havia visto no meu sonho sobre May Castellan. Névoa – do tipo mágico – girava em torno do jardim. Quíron estava deitado em uma enorme maca, cercado por um bando de sátiros na quadra de vôlei. Blackjack batia os cascos nervosamente na grama.

Não me culpe chefe! Ele suplicou quando me viu. A menina estranha me fez fazer isso!

Rachel Elizabeth Dare estava no topo dos degraus da varanda. Seus braços estavam levantados como se ela estivesse esperando alguém dentro da casa jogar bola com ela.

– O que ela está fazendo? – Annabeth perguntou. – Como é que ela passou pelas barreiras?

– Ela voou – um dos sátiros disse, olhando em tom acusatório para Blackjack. – Passou direto pelo dragão e pelos limites da barreira mágica.

– Rachel! – chamei, mas os sátiros me detiveram quando tentei chegar mais perto.

– Percy, não – Quíron advertiu. Ele estremeceu quando tentou se mover. Seu braço esquerdo estava em uma tipoia, as duas patas traseiras estavam em talas, e sua cabeça estava envolta em bandagens. – Você não pode interromper.

– Pensei que você tivesse explicado tudo a ela!

– Eu expliquei. E a convidei para vir aqui.

Olhei para ele, incrédulo.

– Você disse que nunca deixaria ninguém tentar novamente! Você disse...

– Eu sei o que eu disse Percy. Mas eu estava errado. Rachel teve uma visão sobre a maldição de Hades. Ela acredita que pode ser quebrada agora. Ela me convenceu de que merecia uma chance.

– E se a maldição não for quebrada? Se Hades não conseguiu o que queria, ela pode ficar louca!

A névoa mágica girava em torno de Rachel. Ela tremia como se estivesse entrando em choque.

– Hey! – Eu gritei. – Pare.

Eu corri na direção dela, ignorando os sátiros. Cheguei a três metros de Rachel e bati em algo, como se tivesse acertado uma bola de praia invisível. Eu caí na grama e me recuperei.

Rachel abriu os olhos e se virou. Parecia que estava sonâmbula, como se ela pudesse me ver, mas apenas em um sonho.

– Está tudo bem. – Sua voz parecia longe. – Foi por isso que eu vim.

– Você vai ser destruída!

Ela balançou a cabeça.

– Eu pertenço a este lugar, Percy. Eu finalmente entendi o porquê.

Aquilo soava muito semelhante ao que May Castellan dissera. Eu tinha que pará-la, mas eu não conseguia sequer ficar de pé.

A névoa ondulou em uma centena de serpentes de fumaça, se enrolando nas colunas da varando e ao redor da casa. Em seguida, o oráculo apareceu na porta. A múmia ressequida se arrastando para frente no seu vestido arco-íris. Ela parecia pior do que o habitual, se é que era possível. O cabelo dela estava caindo em tufos. Sua pele curtida rachando como assento desgastado de ônibus. Seus olhos vidrados olhavam fixamente para o espaço, me arrepiei quando vi que ela estava indo na direção de Rachel.

Rachel estendeu os braços. Ela não parecia assustada.

– Você esperou demais – Rachel disse. – Mas agora estou aqui.

O sol brilhou mais intensamente. Um homem apareceu acima flutuando no ar um cara loiro com uma toga branca, com óculos escuros e um sorriso arrogante.

– Apolo – eu disse.

Ele piscou para mim, mas levantou o dedo aos lábios.

– Rachel Elizabeth Dare – disse ele. – Você tem o dom da profecia. Mas também é uma maldição. Tem certeza de que quer isso?

Rachel assentiu.

– É meu destino.

– Você aceita os riscos?

– Aceito.

– Que assim seja – disse o deus.

Rachel fechou os olhos.

– Eu aceito este papel. Comprometo-me com Apolo, deus dos oráculos. Abro os meus olhos para o futuro e abraço o passado. Eu aceito o espírito de Delfos, voz dos Deuses, orador dos mistérios, vidente do destino.

Eu não sabia de onde ela tirava estas palavras, mas fluiu dela como névoa espessa. Uma coluna verde de fumaça, como uma serpente enorme, saiu da boca da múmia e deslizou para baixo da escada, envolvendo carinhosamente os pés de Rachel. A múmia do Oráculo desintegrou, caindo no chão, restou apenas um monte de pó e um velho vestido colorido. A névoa envolveu todo o corpo de Rachel e por um momento eu não podia vê-la.

Rachel caiu no chão e ficou em posição fetal.

Annabeth, Nico, e eu corremos em sua direção, mas Apolo disse:

– Parem! Esta é a parte mais delicada.

– O que vai acontecer? – Eu quis saber. – O que você quer dizer?

Apolo estudou Rachel com preocupação.

– Ou o espírito se estabelece, ou não.

– E se ele não se estabelecer? – Annabeth perguntou.

– Quatro palavras – Apolo disse, contando nos dedos. – Isso seria muito ruim.

Apesar da advertência de Apolo, e me ajoelhei em frente a Rachel, e o cheiro do sótão tinha desaparecido. A névoa afundou no solo e a luz verde esmaeceu. Mas Rachel estava ainda pálida. Quase sem respirar.

Então seus olhos se abriram. Ela focou em mim com dificuldade.

– Percy.

– Você está bem?

Ela tentou se sentar.

– Ai. – Ela pressionou suas têmporas.

– Rachel – Nico disse – a sua aura de vida quase desapareceu. Eu pude ver você morrendo.

– Eu... Eu estou bem – ela murmurou. – Por favor, me ajude. As visões... elas me deixam um pouco desorientadas.

– Você tem certeza de que está bem? – Eu perguntei.

Apolo desceu suavemente para a varanda.

– Senhoras e senhores, gostaria de apresentar o oráculo de Delfos.

– Você está brincando – Annabeth disse.

Rachel deu um sorriso fraco.

– É um pouco surpreendente para mim também, mas este é o meu destino. Eu vi isso quando eu estava em Nova York. Agora compreendo porque nasci com a verdadeira visão. Estava destinada a me tornar o Oráculo.

Pisquei.

– Quer dizer que agora você pode prever o futuro?

– Não o tempo todo – disse ela. – Mas há visões, imagens, palavras em minha mente. Quando alguém me faz uma pergunta, eu... Ah, não...

– Começou – Apolo falou.

Rachel se dobrou como se alguém tivesse dado um soco nela. Então ela se endireitou e seus olhos brilharam com um tom verde.

Quando falou, sua voz triplicou, como se três Rachels estivessem falando ao mesmo tempo.


Sete meios-sangues responderão ao chamado.

Em tempestade ou fogo, o mundo terá acabado.

Um juramento a manter com um alento final,

E inimigos com armas às Portas da Morte afinal.


Com a última palavra, Rachel entrou em colapso. Nico e eu a pegamos e levamos para a varanda. Seu corpo estava febril.

– Eu estou bem – ela disse, com a voz retornando ao normal.

– O que foi? – Eu perguntei.

Ela balançou a cabeça, confusa.

– O que foi aquilo?

– Eu acredito – Apolo disse – que acabamos de ouvir a próxima Grande Profecia.

– O que isso significa? – Eu quis saber.

Rachel franziu a testa.

– Eu nem lembro o que eu disse.

– Não – Apolo ponderou. – O espírito só falará através de você ocasionalmente. O resto do tempo, a nossa Rachel será mais igual como sempre. Não há nenhuma razão em interrogá-la, mesmo que ela tenha previsto o futuro do mundo.

– O que? – Eu disse. – Mas...

– Percy – Apolo disse – eu não me preocuparia muito. A última Grande Profecia sobre você levou quase setenta anos para se completar. Esta pode nem acontecer durante sua vida.

Eu pensei sobre as linhas de Rachel tinha falado com sua voz assustadora: Sobre tempestades e incêndios e as Portas da Morte.

– Talvez – disse eu – mas não soava muito bem.

– Não – disse Apolo alegremente. – É claro que não. Ela vai ser um ótimo oráculo!



Foi difícil deixar o assunto pra lá, mas Apolo insistiu que Rachel precisava descansar, e ela parecia bastante desorientada.

– Me desculpe, Percy – ela disse. – Lá no Olimpo, eu não expliquei tudo a você, mas o chamado me assustava. Eu não acho que você entenderia.

– Eu continuo sem entender – admiti. – Mas estou feliz por você.

Rachel sorriu.

– Provavelmente feliz não é a palavra certa. Ver o futuro e tudo, não vai ser fácil, mas é o meu destino. Só espero que a minha família...

Ela não concluiu seu pensamento.

– Você ainda vai para a academia Clarion? – Eu perguntei.

– Eu fiz uma promessa ao meu pai. Acho que vou tentar ser um pouco normal durante o ano letivo, mas...

– Mas agora, você precisa dormir – Apolo repreendeu. – Quíron, eu não acho que o sótão é o lugar adequado para o nosso novo oráculo, não acha?

– Certamente não é. – Quíron parecia muito melhor agora que Apolo aplicara um pouco de magia médica nele.

– Rachel, por enquanto podemos lhe arrumar um quarto de hóspedes na Casa Grande, e depois pensaremos melhor no assunto.

– Eu indicaria uma caverna nas colinas – Apolo ponderou. – Com tochas e uma grande cortina púrpura na entrada...Realmente misterioso. Mas dentro, muitas almofadas enfeitadas, com uma sala de jogos e um sistema de home theater.

Quíron pigarreou alto.

– O que? – Apolo gemeu.

Rachel me beijou na bochecha.

– Adeus, Percy – ela sussurrou. – E eu não preciso ver o futuro para lhe dizer o que vai fazer agora, né?

Seus olhos pareciam mais penetrante do que antes. Corei.

– Não.

– Ótimo – disse ela. Então se virou e seguiu Apolo para a Casa Grande.



O resto do dia foi tão estranho quanto no começo.

Caravanas de campistas vieram de Nova York de carro, pégasos e carruagem. Os feridos foram atendidos. Para os mortos foram dados os ritos fúnebres na fogueira. A Mortalha de Silena era cor de rosa, mas com um bordado de uma lança elétrica. Os Chalés de Ares e Afrodite a proclamaram com uma heroína, e acenderam a mortalha juntos. Ninguém mencionou a palavra espiã. Esse segredo queimou junto com sua mortalha à medida que a fumaça com perfume de grife subia aos céus.

Mesmo Ethan Nakamura recebeu uma mortalha de seda preta com um logotipo de espadas cruzadas sob um conjunto de setas em escala. Sua mortalha pegou fogo, e eu esperava que Ethan soubesse que havia feito diferença no final. Ele pagou com muito mais do que um olho, mas os deuses menores finalmente dariam a ele o respeito merecido.

O jantar foi silencioso. O único destaque foi Juníper, a ninfa da árvore, que gritou "Grover!" e deu a seu namorado um grande abraço voador, fazendo com que todos aplaudissem. Eles desceram para a praia para dar um passeio ao luar, e eu estava feliz por eles, embora a cena me fizesse lembrar Silena e Beckendorf, o que me deixou pra baixo.

Sra. O’leary brincava ao redor feliz da vida, comendo todos os restos de comida de cima das mesas. Nico sentou à mesa principal, com Quíron e Sr. D, e ninguém pareceu achar que algo estava fora de lugar. Todo mundo dava tapinhas nas costas de Nico, cumprimentando-o pela sua luta. Até as crianças de Ares estavam muito legais. Apareça com um exército de guerreiros mortos-vivos para salvar o dia e de repente você é o melhor amigo de todos.

Lentamente, a turma do jantar foi se dissipando. Alguns foram para a fogueira para cantar. Outros foram para a cama. Sentei-me sozinho na mesa de Poseidon e fiquei vendo o luar e ouvindo os barulhos de Long Island. Eu podia ver Grover e Juníper na praia, de mãos dadas e conversando. Tudo estava tranquilo.

– Hey. – Annabeth escorregou para meu lado no banco. – Feliz aniversário.

Ela trazia uma forminha com um cupcake disforme cheio de açúcar azul por cima.

Olhei para ela.

– O que?

– Hoje é 18 de agosto – disse ela. – Seu aniversário, não é?

Fiquei espantado. Nem tinha lembrado, mas ela estava certa. Eu fiz dezesseis anos nesta manhã, a mesma que eu havia feito a escolha de dar a faca a Luke. A profecia havia se realizado pontualmente, e eu não tinha sequer pensado no fato de ser meu aniversário.

– Faça um desejo – ela disse.

– Foi você mesma quem fez? – Eu perguntei.

– Tyson ajudou.

– Isso explica porque ele se parece com um tijolo de chocolate – eu disse – com cimento azul extra.

Annabeth riu.

Eu pensei por um segundo, depois apaguei a vela.

Dividimos no meio e comemos com as mãos. Annabeth sentou mais perto e ficamos olhando o mar. Grilos e monstros estavam a fazendo barulho na mata, mas fora isto, estava silencioso.

– Você salvou o mundo – ela disse.

– Nós salvamos o mundo.

– E Rachel é o novo Oráculo, o que significa que ela não vai poder namorar.

– Você não parece decepcionada – eu notei.

Annabeth encolheu.

– Oh, eu não me importo.

– Hã-hã.

Ela levantou suas sobrancelhas.

– Você tem algo para me dizer, Cabeça de Alga?

– Você provavelmente iria chutar a minha bunda.

– Você sabe que eu chutaria mesmo.

Limpei o resto de bolo das minhas mãos.

– Quando eu estava no rio Estige, me tornando invulnerável... Nico disse que eu tinha de se concentrar em uma coisa que me mantivesse preso a este mundo, que me fizesse querer permanecer mortal.

Annabeth mantinha seus olhos no horizonte.

– Sim?

– Então, lá no Olimpo, quando eles queriam me transformar em deus e tal, eu pensei um pouco...

– Ah, então você queria.

– Bem, talvez um pouco. Mas eu não quis, porque pensei... Eu não queria que as coisas continuassem as mesmas para toda a eternidade, porque sabe, sempre pode melhorar. E eu fiquei pensando... – Minha garganta estava ficando seca.

– Em alguém em particular? – Annabeth perguntou com uma voz macia.

Eu olhei e vi que ela estava tentando não sorrir.

– Você está rindo de mim! – eu reclamei.

– Não estou não!

– Você não está facilitando as coisas.

Então ela riu de verdade, e colocou as mãos no meu pescoço.

– Eu nunca, nunca vou fazer as coisas ficarem mais fáceis para você, Cabeça de Alga. Acostume-se com isso.

Quando ela me beijou, eu tinha a sensação de meu cérebro estava derretendo dentro de mim.

Eu poderia ter ficado ali para sempre, mas uma voz atrás de nós resmungou:

– Bem, já era tempo!

De repente, o pavilhão estava cheio de tochas e campistas. Clarisse liderando os bisbilhoteiros que nos cercaram e nos colocaram em seus ombros.

– Ah, vamos! – Eu reclamei. – Não se tem mais privacidade?

– Os passarinhos apaixonados precisam se refrescar! – Clarisse disse com alegria.

– O lago de canoagem! – Connor Stoll gritou.

Com uma alegria enorme, eles nos levaram morro abaixo, mas nos mantiveram perto o suficiente para darmos as mãos. Annabeth não parava de sorrir e eu não pude deixar de rir também, mesmo que o meu rosto estivesse completamente vermelho.

Demos as mãos até o momento em que eles nos jogaram na água.

Depois, quem riu por último fui eu. Fiz uma grande bolha de ar no fundo do lago. Nossos amigos ficaram esperando por nós, mas hey, quando você é o filho de Poseidon, não precisa ter pressa.

E foi o melhor beijo submarino de todos os tempos

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