quinta-feira, 17 de outubro de 2013

XXVI - Piper






NA MANHÃ SEGUINTE, PIPER ACORDOU com um diferente som de buzina de navio – uma explosão tão alta que literalmente a sacudiu para fora da cama.
Ela se perguntou se Leo estava pregando outra peça. Em seguida, a buzina retumbou novamente. Soou como se viesse de várias centenas de metros de distância – de outro navio.
Ela correu para se vestir. Até o momento que demorou para chegar ao convés, os outros já estavam reunidos – todos apressadamente vestidos, exceto o treinador Hedge, que havia passado a noite de vigília.
A camisa dos Jogos Olímpicos de Inverno de Vancouver de Frank estava do avesso. Percy usava calças de pijama e um peitoral de bronze, o que era uma declaração de moda interessante. O cabelo de Hazel estava todo soprado para um lado, como se ela tivesse caminhado através de um ciclone e Leo acidentalmente havia posto fogo em si mesmo. Sua camiseta estava em frangalhos carbonizados. Seus braços estavam fumegando.
Cerca de uma centena de metros do porto, um enorme navio cruzeiro passava deslizando. Turistas acenaram para eles a partir de 15 ou 16 varandas. Alguns sorriram e tiraram fotos. Nenhum deles pareceu surpreso ao ver um trirreme grego antigo. Talvez a Névoa fizesse parecer que eram um barco de pesca ou talvez os passageiros pensassem que o Argo II era uma atração turística.
O cruzeiro tocou a buzina novamente e o Argo II deu uma tremenda sacudida. O treinador Hedge tampou suas orelhas.
— Será que eles precisam que tocar tão alto?
— Eles estão apenas dizendo oi — Frank especulou.
— O QUÊ? — Hedge gritou de volta.
O navio os ultrapassou, dirigindo-se para o mar. Os turistas continuaram acenando. Se eles acharam estranho que o Argo II fosse povoado por crianças meio-adormecidas, vestindo armadura e pijama e um homem com pernas de bode, não deixaram transparecer.
— Tchau! — Leo falou, levantando a mão que fumegava.
— Posso assumir a balista? — Hedge perguntou.
— Não — Leo respondeu através de um sorriso forçado.
Hazel esfregou os olhos e olhou para a água brilhante verde.
— Onde estão... oh... Uau!
Piper seguiu seu olhar e suspirou. Sem o cruzeiro bloqueando a visão, ela viu uma montanha que se projetava a partir do mar a menos de um quilômetro para o norte. Piper tinha visto falésias impressionantes antes. Ela havia dirigido na Highway 122 ao longo da costa da Califórnia. Tinha até mesmo caído dentro do Grand Canyon com Jason e voltou voando. Mas não eram tão incríveis quanto este punho maciço de pedra branca cegante apontado para o céu. De um lado, os penhascos de calcário estavam quase que completamente limpos, pendendo no mar mais de mil metros abaixo, tão perto quanto Piper podia imaginar. No outro lado, a montanha inclinava em camadas, coberta de floresta, de forma que a coisa toda lembrou a Piper de uma esfinge colossal, desgastada ao longo dos milênios, com uma enorme cabeça branca e um manto verde sobre as costas.
— O Rochedo de Gibraltar — Annabeth disse em reverência. — Na ponta da Espanha. E para lá... — Ela apontou para o sul, para um trecho mais distante de colinas vermelhas e ocres — deve ser a África. Estamos na entrada do Mediterrâneo.
A manhã estava quente, mas Piper tremeu. Apesar da grande extensão de mar na frente deles, sentiu como se estivesse diante de uma barreira intransponível. Uma vez no Mediterrâneo – o Mare Nostrum – eles estariam nas terras antigas. Se as lendas fossem verdadeiras, sua missão tornaria-se dez vezes mais perigosa.
— E agora? — perguntou. — Será que é apenas navegar para dentro?
— Por que não? — Leo disse. — É um grande canal de navegação. Barcos entram e saem o tempo todo.
Não trirremes cheios de semideuses, Piper pensou.
Annabeth olhou para o Rochedo de Gibraltar. Piper reconheceu a expressão contemplativa no rosto de sua amiga. Quase sempre significa que ela antecipava problemas.
— Nos velhos tempos — Annabeth comentou — eles chamaram esta área de as Colunas de Hércules. O Rochedo deveria ser uma das colunas. A outra era uma das montanhas africanas. Ninguém tem certeza qual delas.
— Hércules, hein? — Percy franziu a testa. — Aquele cara é como o Starbucks da Grécia Antiga. Para todos os lados que você fosse... lá estava ele.
Uma explosão estrondosa sacudiu o Argo II, embora Piper não tivesse certeza de onde veio desta vez. Ela não viu quaisquer outros navios e os céus estavam claros.
Sua boca de repente se sentiu seca.
— Então... Essas Colunas de Hércules. Elas são perigosas?
Annabeth focou nas falésias brancas, como se esperasse que a Marca de Atena brilhasse de repente.
— Para os gregos, os pilares marcavam o fim do mundo conhecido. Os romanos diziam que os pilares foram inscritos com um aviso em latim...
— Non plus ultra — disse Percy.
Annabeth pareceu atordoada.
— Sim. Nada mais além. Como é que você sabe?
Percy apontou.
— Porque estou olhando para isso.
Bem à frente deles, no meio do estreito, uma ilha começou a aparecer, brilhando. Piper tinha certeza que nenhuma ilha estava lá antes. Era uma pequena massa de terra montanhosa, coberta de florestas e cercada de praias de areia branca. Não era muito impressionante em comparação com Gibraltar, mas na frente da ilha, que projetavam ondas de cerca de cem metros da costa, tinham duas colunas gregas brancas tão altas como os mastros do Argo. Entre as colunas, palavras enormes brilhavam prateadas abaixo d‘água – talvez uma ilusão, ou talvez incrustada na areia: NON PLUS ULTRA.
— Gente, eu devo virar? — Leo perguntou nervosamente. — Ou...
Ninguém respondeu. Talvez porque, como Piper, haviam notado a figura de pé na praia.
Quando o navio se aproximou das colunas, ela viu um homem de cabelos escuros, com vestes roxas, seus braços cruzados, olhando fixamente para o navio, como se estivesse esperando por eles. Piper não podia dizer muito mais sobre ele a partir desta distância, mas a julgar pela sua postura, ele não estava feliz.
Frank respirou fundo.
— Poderia ser...?
— Hércules — Jason completou. — O semideus mais poderoso de todos os tempos.
O Argo II estava apenas a algumas centenas de metros das colunas agora.
— Preciso de uma resposta — Leo disse com urgência. — Eu posso virar, ou podemos alçar voo. Os estabilizadores estão funcionando novamente. Mas eu preciso saber rápido...
— Temos de continuar — Annabeth respondeu. — Eu acho que ele está guardando esses estreitos. Se ele é realmente Hércules, navegar ou voar não faria nenhuma diferença. Ele vai querer falar com a gente.
Piper resistiu ao impulso de usar seu charme. Ela queria gritar com Leo: Voe! Tire-nos daqui! Infelizmente, teve a sensação de que Annabeth estava certa. Se eles queriam passar para o Mediterrâneo, não poderiam evitar este encontro.
— Hércules não está do nosso lado? — ela perguntou, esperançosa. — Quero dizer... Ele é um de nós, certo?
Jason resmungou.
— Ele era um filho de Zeus, mas quando morreu, se tornou um deus. Você nunca pode ter certeza quando se trata de deuses.
Piper lembrou seu encontro com Baco em Kansas, outro deus que costumava ser um semideus. Ele não tinha sido exatamente útil.
— Ótimo — disse Percy. — Nós sete contra Hércules.
— E um sátiro! — Hedge acrescentou. — Podemos cuidar dele.
— Eu tenho uma ideia melhor — Annabeth falou — nós enviamos embaixadores a terra. Um pequeno grupo, um ou dois, no máximo. Tentamos falar com ele.
— Eu vou — disse Jason. — Ele é um filho de Zeus. Eu sou o filho de Júpiter. Talvez ele seja amigável comigo.
— Ou talvez ele vá te odiar — Percy sugeriu. — Meio-irmãos nem sempre se dão bem.
Jason fez uma careta.
— Obrigado, Sr. Otimismo.
— Vale a pena uma tentativa — disse Annabeth. — Pelo menos Jason e Hércules têm algo em comum. E nós precisamos de nosso melhor diplomata. Alguém que seja bom com as palavras.
Todos os olhos se voltaram para Piper.
Ela tentou evitar gritar e pular para o lado. Um mau pressentimento corroía sua barriga. Mas se Jason estava em terra, ela queria estar com ele. Talvez esse deus todo poderoso viesse a ser útil. Eles tinham que ter sorte de vez em quando, não é?
— Tudo bem — ela respondeu finalmente. — Deixem-me trocar de roupa.

Uma vez que Leo havia ancorado o Argo II entre os pilares, Jason convocou vento para levar ele e Piper a terra.
O homem em roxo estava esperando por eles.
Piper tinha ouvido falar de toneladas de histórias sobre Hércules. Ela tinha visto vários filmes cafonas e desenhos. Antes de hoje, se tivesse pensado sobre ele, ela teria rolado seus olhos e imaginaria um cara estúpido e peludo em seus trinta anos com um peito largo e uma barba hippie grossa, com uma pele de leão sobre a cabeça e uma grande clava, como um homem das cavernas. Ela imaginou que ele seria mau cheiroso, arrotasse e se coçasse muito, falando principalmente em grunhidos.
Ela não estava esperando por isto.
Seus pés estavam nus, cobertos de areia branca. Suas vestes o faziam parecer um sacerdote, embora Piper não conseguisse se lembrar de qual o posto de sacerdote usava roxo. Eram os cardeais? Bispos? E a cor roxa queria dizer que ele era a versão romana de Hércules, em vez da grega? Sua barba era desalinhada de uma forma fashion, como o pai de Piper e seus amigos atores usavam as deles – o tipo de aparência que dizia: Eu apenas não pude me barbear por dois dias e ainda tenho uma aparência impressionante.
Ele era bem construído, mas não muito encorpado. Seu cabelo era cor ébano com um corte curto, estilo romano. Ele tinha surpreendentes olhos azuis como Jason, mas sua pele era de cobre, como se tivesse passado a vida inteira em uma cama de bronzeamento. A coisa mais surpreendente: parecia ter vinte anos. Definitivamente não mais. Ele era bonito de uma forma robusta, mas não do jeito homem das cavernas. Tinha, de fato, uma clava, que ficava na areia ao lado dele, mas parecia mais como um bastão de beisebol – um cilindro de mais de um metro e meio de comprimento de mogno polido com um punho de couro cravejado em bronze. O treinador Hedge ficaria com ciúmes.
Jason e Piper pousaram na beira da arrebentação. Eles se aproximaram lentamente, cuidadosos para não fazerem movimentos ameaçadores. Hércules os vigiava sem emoção em particular, como se eles fossem algum tipo de ave marinha que ele nunca tinha notado antes.
— Olá — Piper disse.
Esse era sempre um bom começo.
— E aí, novidades? — Hércules disse.
Sua voz era profunda, mas casual, muito moderna. Ele poderia estar cumprimentando-os no corredor dos armários do ensino médio.
— Uh, nada demais — Piper estremeceu. — Bem, na verdade, muita coisa. Sou Piper. Este é Jason. Nós...
— Onde está a sua pele de leão? — Jason interrompeu.
Piper queria dar uma cotovelada nele, mas Hércules parecia mais divertido do que irritado.
— Está 33ºC aqui fora — disse ele. — Por que eu iria usar a minha pele de leão? Você usaria um casaco de pele numa praia?
— Eu acho que faz sentido — Jason parecia desapontado. — É apenas que as imagens sempre mostram você com uma pele de leão.
Hércules olhou para o céu acusadoramente, como se quisesse ter uma conversa com seu pai, Zeus.
— Não acredite em tudo que ouve sobre mim. Ser famoso não é tão divertido quanto você poderia pensar.
— Eu que o diga — suspirou Piper.
Hércules fixou aqueles olhos azuis brilhantes sobre ela.
— Você é famosa?
— Meu pai... Ele faz filmes...
Hércules rosnou.
— Não me faça começar a falar dos filmes. Deuses do Olimpo, eles nunca fazem qualquer coisa certa. Você já viu um filme sobre mim onde eu pareço como eu sou?
Piper teve que admitir que ele tinha um ponto.
— Estou surpresa por você ser tão jovem.
— Há! Ser imortal ajuda. Mas, sim, eu não era tão velho quando eu morri. Não para os padrões modernos. Eu fiz muito durante meus anos como um herói... Muito, realmente — seus olhos se voltaram a Jason. — Filho de Zeus, é?
— Júpiter — Jason corrigiu.
— Não há muito diferença — Hércules resmungou. — Papai é irritante em qualquer forma. Eu? Era chamado de Héracles. Em seguida, vieram os romanos e me chamaram de Hércules. Eu realmente não mudei muito, embora ultimamente só de pensar nisso me dá fortes dores de cabeça...
O lado esquerdo de seu rosto se contorceu. Suas vestes brilhavam, momentaneamente transformando em branco, então de voltaram ao roxo.
— De qualquer forma, se você é filho de Júpiter, pode entender. É muita pressão. O satisfatório nunca é suficiente. Eventualmente, isso pode fazer um cara enlouquecer.
Ele se virou para Piper. Ela sentiu como se milhares de formigas subissem em suas costas. Houve um mistura de tristeza e escuridão em seus olhos que parecia não muito sã e definitivamente não parecia seguro.
— Quanto a você, minha querida — Hércules disse — tenha cuidado. Filhos de Zeus podem ser... Bem, não importa.
Piper não tinha certeza do que aquilo significava. De repente, ela queria ir para o mais longe deste deus possível, mas tentou manter uma expressão calma, educada.
— Então, Lorde Hércules — disse ela — estamos em uma missão. Gostaríamos de permissão para entrar no Mediterrâneo.
Hércules deu de ombros.
— É por isso que estou aqui. Depois que eu morri, meu pai me fez o porteiro do Olimpo. Eu disse, ótimo! Dever no palácio! Festa o tempo todo! O que ele não mencionou é que eu guardaria as portas para as terras antigas, preso nesta ilha para o resto da eternidade. Muito divertido.
Ele apontou para os pilares que se elevavam da arrebentação.
— Colunas estúpidas. Algumas pessoas afirmam que eu criei o Estreito de Gibraltar inteiro empurrando as montanhas para longe uma da outra. Algumas pessoas dizem que as montanhas são as Colunas. Que monte de estrume. As colunas são colunas.
— Ok — disse Piper. — Naturalmente. Então... Podemos passar?
O deus coçou a barba.
— Bem, eu tenho que lhe dar o aviso padrão sobre quão perigosas as antigas terras são. Não é qualquer semideus que pode sobreviver ao Mare Nostrum. Por isso, tenho que lhe dar uma missão para concluírem. Provarem o seu valor, blá-blá-blá. Honestamente, eu não ligo muito para isto. Geralmente dou aos semideuses algo simples como uma viagem de compras, cantar uma canção engraçada, esse tipo de coisa. Depois de todos esses trabalhos que eu tinha que completar para o meu primo mal, Euristeu, bem... Eu não quero ser esse tipo de cara, você sabe?
— Agradeço — disse Jason.
— Ei, não tem problema. — Hércules parecia relaxado e descontraído, mas ainda fazia Piper ficar nervosa. Aquele brilho escuro nos olhos a lembrou de carvão vegetal embebido em querosene, pronto para inflamar de um instante para o outro.
— Então, de qualquer maneira — Hércules disse — qual é a sua missão?
— Gigantes — Jason respondeu. — Vamos para a Grécia para impedi-los de despertar Gaia.
— Gigantes — murmurou Hércules. — Eu odeio esses caras. Quando eu era um herói semideus... Ah, mas não importa. Então, que deus te colocou nesta.. Papai? Atena? Talvez Afrodite? — Ele levantou uma sobrancelha para Piper. — Bonita como você é, suponho que ela é sua mãe.
Piper deveria ter pensado mais rápido, mas Hércules a tinha perturbado. Tarde demais, ela percebeu que a conversa tornou-se um campo minado.
— Hera enviou-nos — Jason contou. — Ela nos uniu para...
— Hera — de repente, a expressão de Hércules era como os penhascos de Gibraltar, uma sólida, implacável camada de pedra.
— A odiamos também — Piper disse rapidamente. Deuses, por que não lhe ocorreu? Hera tinha sido inimiga mortal Hércules. — Nós não queríamos ajudá-la. Ela não nos deu muita escolha, mas...
— Mas você está aqui — Hércules interrompeu, toda a simpatia esquecida. — Desculpe, aos dois. Eu não me importo o quão digno é sua missão. Eu não faço qualquer coisa que Hera queira. Nunca.
Jason ficou intrigado.
— Mas pensei que você tivesse feito as pazes com ela quando se tornou um deus.
— Como eu disse — Hércules resmungou — não acredite em tudo que você ouve. Se você quer passar para o Mediterrâneo, temo que eu tenha que lhe dar uma missão extra-dificil.
— Mas nós somos como irmãos — Jason protestou. — Hera mexeu com a minha vida, também. Eu entendo...
— Você não entende nada — Hércules disse friamente. — Minha primeira família: morta. Minha vida desperdiçada em missões ridículas. Minha segunda esposa morreu, depois de ser levada a me envenenar e me deixar a mercê de uma morte dolorosa. E a minha compensação? Eu torno-me um deus menor. Imortal, para que eu nunca possa esquecer a minha dor. Preso aqui como um guardião, um porteiro, um... Um mordomo para os Olimpianos. Não, você não entende. O único deus que me entende, mesmo que um pouco é Dionísio. E pelo menos ele inventou algo útil. Eu não tenho nada para mostrar, exceto adaptações cinematográficas ruins da minha vida.
Piper apelou para seu charme.
— Isso é terrivelmente triste, Lorde Hércules. Mas por favor, vá com calma conosco. Nós não somos pessoas más.
Ela pensou que tinha conseguido. Hércules hesitou. Então, sua mandíbula se apertou e ele balançou a cabeça.
— No lado oposto da ilha, sobre as colinas, vocês vão encontrar um rio. No meio dele vive o velho deus Aqueloo.
Hércules esperou, como se essa informação deve fazer com que corressem aterrorizados.
— E...? — Jason perguntou.
— E eu quero que quebrem seu outro chifre e traga-o para mim.
— Ele tem chifres — disse Jason. — Espere... Seu outro chifre? O quê?
— Descubra — o deus estalou. — Aqui, isso deve ajudar.
Ele disse a palavra ajudar como significasse machucar. De sob as vestes, Hércules pegou um pequeno livro e jogou-a para Piper. Ela quase não pegou.
A capa brilhante do livro mostrou uma montagem fotográfica de templos gregos e monstros sorrindo. O Minotauro estava dando o sinal de positivo. O título dizia: O Guia de Hércules para o Mare Nostrum.
— Traga-me esse chifre ao pôr-do-sol. Só vocês dois. Sem contato com seus amigos. Seu navio permanecerá onde está. Se conseguirem, podem passar para o Mediterrâneo.
— E se nós não conseguirmos? — Piper perguntou quase certa de que ela não queria a resposta.
— Bem, Aqueloo vai matar vocês, obviamente. E eu vou quebrar o seu navio no meio com minhas mãos nuas e mandar seus amigos para uma morte prematura.
Jason mudou seu peso de um pé para o outro.
— Não poderíamos simplesmente cantar uma canção engraçada?
— Eu tenho que ir — Hércules disse friamente. — Pôr-do-sol. Ou seus amigos estão mortos.

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